A arte de Sérgio Torres nos fala de riscos... do risco de viver... do risco de estar vivo. Faz com que levemos à vera o significado de estar vivo, de viver a vida por inteiro, com todos seus riscos, vivendo cada um desses riscos. Riscos que enriquecem a vida, que tornam mais rico o viver. Arte e vida no limite, no ponto em que o retorno é uma impossibilidade. Riscos a deixar suas marcas no rosto, na cara... sem pena. Riscos do que somos e do que fomos na incerteza do que seremos. Riscos cortantes com que Sérgio Torres marca, rasga, risca a chapa de pvc até seu limite. No limite em que arte e vida se confundem, se tornam um único um - integrado, inteiro, isento de fraturas. Arte e vida por inteiro. Compulsivamente nos riscos dos retratos e dos retratados. Autorretratos de todos, artistas ou não, infileirados na galeria de efígies. Autorretratos a sugerir o que somos quando talvez preferíssemos não ser o que somos. Que tentam encobrir nossa verdade como se outro fôssemos, verdade oculta por outra verdade inventada.Os riscos cortantes, incisivos de Sérgio Torres rasgam, marcam os rostos, as caras, os retratos, os autorretratos na pele-de-pvc-transformada-e
Luiz Sérgio de Oliveira
artista e professor da Universidade Federal Fluminense, Niterói
Curadoria: Ricardo Queiroz
Realização: Barracão Maravilha
Última semana: aberta das 12h ás 18h
23 de Maio - 21 de Junho 2013